A crise terrível que se abateu na economia do governo em Cabo Frio, devido à queda abrupta dos royalties, transformou em tormenta o dia a dia de algumas pessoas. Observamos um governo que, juntamente com sua equipe, tenta guiar o barco de acordo com sua carta de navegação; observamos alguns servidores que, enquanto passageiros deste barco, encontram-se em desacordo com a rota escolhida; observamos também cidadãos diversos em terra firme, cada qual com seu parecer e sua ideia redentora, conforme o ângulo de visão que possuem do barco sob forte tempestade.
E enquanto isso temos uma cidade linda que, basta um olhar mais profundo e atento, e vislumbraremos o quanto de potencial e recursos positivos ela nos oferece. E essa cidade sofre, o governo sofre, seus servidores sofrem.
É lamentável que nesse período crítico ao extremo, em que deveria haver uma conjunção de ideias em benefício do todo, o que percebemos é um clima de guerra, de busca de satisfação de benefícios políticos pessoais acima da resolução dos problemas.
Questões que deveriam ser tratadas mediante diálogo franco, com clareza, convergência de vontades visando a busca de solução, são tratadas no grito, na ofensa mútua, em discussões improfícuas que só fazem acirrar o clima raivoso, tornando praticamente impossível um acordo mútuo.
O que criamos ao nosso redor é o que faz o nosso ambiente, portanto se fomentamos ódio e ira, este será o ambiente que criaremos para nós. Não adianta depois pedirmos a Deus que nos livre de algo que nós mesmos escolhemos semear. Enquanto a estratégia for simplesmente de bate-rebate, não haverá avanço e as coisas só se agravarão. E toda essa agressividade nunca, em tempo e lugar algum, rendeu bons frutos. Os resultados nunca foram positivos quando a única estratégia foi reforçar a discórdia.
Lamentável que as atitudes corretas a serem tomadas tenham sido trocadas pelas ofensas e palavras de baixo nível.
Quando chega a esse ponto, ao cidadão de bem só resta esperar que passe a tormenta... pois de vozes o espaço está cheio, e os ouvidos irados fecham-se às palavras de alerta e de bom senso.
Então que passe logo a tormenta, e que a misericórdia divina mais uma vez nos permita que chegue a bonança...
Luciana G. Rugani
Luciana G. Rugani
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