SOLIDARIEDADE
por Marta Rocha
Se tinha uma coisa que eu gostava
de fazer quando era jovem, era escrever, escrevia sobre tudo, tinha poesias,
diário e uma facilidade enorme para me expressar através da escrita, com o
tempo fui perdendo este dom, ou acredito que ele possa estar adormecido em
algum lugar dentro de mim só esperando o momento certo para desabrochar
novamente.
Tenho falado muito com uma amiga
que ao meu ver é uma tremenda escritora por quem tenho muita admiração, em
conversas pelo Facebook ela vem me incentivando a escrever. Ontem (22/01)
escrevi para ela que iria pedir a Deus uma inspiração e assim que conseguisse
alguma coisa interessante iria escrever. Ela como sempre, me deu a maior força.
Falamos sobre o objetivo do blog
dela que está voltado para divulgação de boas causas. Hoje no caminho para o
trabalho como faço todas as manhãs - uma verdadeira maratona - pego três
conduções, sendo que a última é um ônibus que raramente consigo me sentar, ai
veio em cheio a inspiração, com um simples sentimento ou falta dele:
SOLIDARIEDADE.
Eu como a maioria das mulheres
carregamos mais de uma bolsa, no meu caso uma bolsa enorme com as minhas coisas
que julgo altamente necessárias para a minha sobrevivência diária e a outra uma
mochila ou algumas vezes uma sacola onde carrego a minha roupa de ginástica,
que tenho intenção de fazer cinco vezes na semana, mas me dou por satisfeita
quando consigo ir ao menos duas vezes.
Bom, tudo isso para vocês entenderem o que quero
dizer, primeiro tentar passar na roleta de um ônibus em movimento, carregando
duas bolsas grandes e ainda tentando colocar o vale transporte no painel para
liberar a catraca é uma completa aventura e demonstração de esforço e
equilíbrio para não cair. O trocador normalmente sentado não mexe nem um
milímetro para te ajudar e quando finalmente consigo passar ai vem a outra
grande aventura que é não deixar com que as minhas bolsas incomodem ninguém e
ainda continuar me equilibrando para não cair. Graças a Deus, esta parte da
minha viagem é rápida, mas me serviu hoje de inspiração. Faço isso todos os
dias e raramente, mas raramente mesmo, alguém se propõe a ajudar, segurar a
bolsa ou me ajudar a atravessar a roleta e ai fiquei imaginando, onde anda a
solidariedade das pessoas? O que custa você estender a mão para ajudar alguém
um segundo sequer que está com dificuldades?
As vezes a gente fica buscando
projetos mirabolantes para ajudar ao próximo e quando na maioria das vezes são
gestos simples e que não requer muito esforço pode fazer uma grande diferença
no outro e até em você mesmo.
Digo isso, porque quando você
ajuda ao próximo recebe a energia de gratidão, aquele olhar de cumplicidade,
tipo que bom que você percebeu que eu estava toda enrolada, enfim, é uma troca
maravilhosa e que não custou nada, somente um pequeno gesto.
Que tal disseminarmos isso?
Compartilhar a corrente do bem? Carregar uma sacola, ajudar alguém a atravessar
uma rua ou seja, coisas pequenas e do dia a dia que fazem muita diferença a
começar por nós mesmos.
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