por Luciana G. Rugani - A reforma trabalhista, aprovada ontem, representa o fim de um patrimônio de conquistas dos brasileiros.
Todo mundo sabe que, na nossa realidade prática, o poder financeiro detém o comando das regras do jogo atropelando a ética, a justiça e a moral, e isso não é diferente nas relações trabalhistas. Tem sido assim ao longo dos tempos. Os direitos trabalhistas surgiram justamente para tentar contrapor um peso ao domínio econômico para que esse não se fizesse pleno, para que tivesse limites: o limite da lei. Uma tentativa de trazer um pouco de equilíbrio à relação empregador/empregado. Mas ainda assim temos trabalho escravo no Brasil, vemos o exercício de manobras que acabam por burlar estes direitos, como acontece, por exemplo, com empregados terceirizados, que com frequência são contratados por firmas de fachada, até mesmo firmas fantasmas, que simulam falência de tempos em tempos fugindo da obrigação de arcar com o pagamento dos direitos.
Agora, com essa reforma aprovada, teremos ainda maior desequilíbrio na relação empregador/empregado, pois os direitos serão flexibilizados. Como pode haver flexibilização de direitos em um país em que até mesmo direitos garantidos por lei não são respeitados?
Bem, o resultado terrível veremos mais à frente. A próxima tacada dos representantes do poder econômico (jamais representantes do povo) será providenciar a reforma da previdência.
O que o governo vai gastar com a renegociação para aprovação dessa reforma é mais do que o valor que ela economizaria em dez anos! Então que necessidade de reforma é esta? Além do que, já explicamos aqui no blog, em textos anteriores, que não há nenhum deficit previdenciário. O que há é utilização da verba da seguridade social (que não é composta somente de verba somente da previdência) para cobrir outras despesas do governo. Então, se há dinheiro para ser transferido para outras despesas, por que não reduzir os gastos exorbitantes ao invés de, mais uma vez, penalizar o trabalhador?
Compartilho o vídeo abaixo com a fala providencial de Miriam Dientsmann Stein, representante do Portal dos Aposentados, a cerca de uma semana atrás. Peço a todos que assistam com atenção, e que ajude a compartilhar para que, quem sabe, as pessoas possam acordar e impedir que mais esse atentado aos nossos direitos seja cometido. Aprovaram esta reforma trabalhista e o povo, que deveria ter ido para as ruas em todo o país, segue dormindo! O que está acontecendo com o povo brasileiro? ACORDA, POVO! Vamos compartilhar essa fala de Miriam e refletir no que ela está dizendo, principalmente nas mentiras que são colocadas para nós:
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