Belo Horizonte é um município rico de eventos culturais, peças de teatro, atividades das mais diversas e nas mais variadas regiões da cidade. E quase sempre os eventos acabam coincidindo nas datas e nós acabamos tendo que fazer escolhas. O último fim de semana foi assim!
Pra começar, sábado aconteceu mais uma etapa do plantio da minifloresta do Arrudas, tarefa da qual participamos no final do ano passado e que, de tempo em tempo, é preciso que os coletivos de plantio se reúnam para realizar atividades de manutenção. Entretanto, dessa vez não pudemos participar, pois coincidiu com o 10° piquenique da Academia Móvel. Participamos do piquenique e foi maravilhoso (a atividade mereceu um texto próprio - vide a
postagem anterior deste blog).
À noite, fomos assistir à peça "Não!", com a atriz Adriana Birolli. Uma comédia com traços de reflexão sobre algo muito comum entre todos nós: a arte de saber falar NÃO. Como disse Adriana Birolli, "o teatro tem o poder de ampliar os pequenos fatos do cotidiano". Para mim, isso é o que torna uma peça sensacional. Pequenas situações, nas quais nos vemos todos os dias, serem abordadas com a maestria de uma boa atriz. A peça acontece entre luzes na plateia e luzes no palco, alternando entre foco na realidade e foco na ficção. Recomendo, principalmente pela ótima performance de Adriana.


Domingo à tarde, na Escola de Design da Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG, aconteceu a Feira Canastra, uma feira de livros com a participação de editores de todo o país e que já acontece há três anos na cidade. E ficamos felizes porque, neste ano, a Sophia Editora, do nosso querido Rodrigo Cabral, o nosso cantinho literário em Cabo Frio, onde, sempre que possível, participamos de eventos literários que ali são realizados, esteve presente pela primeira vez, promovendo um importante intercâmbio literário entre Cabo Frio-BH. A literatura é uma atividade que, para crescer e produzir bons frutos, enriquecendo os espaços de cultura, é vital que haja a expansão, o intercâmbio com outras culturas e que as portas estejam sempre abertas para a troca de experiências e conteúdos. E Rodrigo vem fazendo assim com a Sophia Editora, vem ampliando seus horizontes, e fico feliz que essa ampliação esteja se dando em um "Belo Horizonte".
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Após a feira, passamos no Centro Cultural Banco do Brasil - CCBB-BH e apreciamos duas exposições. A primeira com obras do "escultor de significados", Flávio Cerqueira. São esculturas em bronze que expressam um realismo impressionante! Enquanto visitava a exposição, lembrei-me do filme em que peças de um museu adquiriam vida e pensei: "são esculturas tão bem feitas e tão bem detalhadas que são a reprodução exata de pessoas, especialmente crianças, e, quem sabe, por serem assim, possam adquirir vida quando o museu estiver fechado!". Uma pequena brincadeira, em razão da perfeição das obras de Flávio.
A segunda exposição constitui-se de obras de artistas negros diversos, tanto brasileiros como também estrangeiros, e que retratam aspectos da ancestralidade afro-brasileira, em especial a religiosidade.
Muito bom, recomendo ambas as exposições. Vale a ressalva de que as exposições são bem mais amplas do que o conteúdo de fotos que postei aqui. Estas fotos são apenas algumas amostras.
Luciana G. Rugani
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