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REVISTA DIGITAL ALDEIA MAGAZINE: DIA MUNDIAL DO CONSUMIDOR E DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Saiu hoje a edição 29, mês de março, da Revista Digital Aldeia Magazine, com minha coluna "Cantinho das Ideias", na página 116 (clique no nome da revista para ler a edição completa).
Nesta edição, faço uma reflexão sobre duas datas deste mês de março que representam dois temas muito relevantes para a sobrevivência de nosso planeta. Segue abaixo:

DIA MUNDIAL DO CONSUMIDOR E DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Março é mesmo cheio de importantes datas comemorativas, entre elas: o Dia Mundial do Consumidor, comemorado no dia 15, e o Dia Mundial da Água, no dia 22. Devido à relevância do tema “água” na atualidade, gostaria de propor uma reflexão para alertar sobre a estreita ligação entre essas duas datas. Meu foco serão as responsabilidades de cada um, a conscientização individual.
As datas comemorativas têm como objetivo maior chamar a atenção para os temas com o intuito de propor reflexão, o que pode acontecer sob olhares diversos. O Dia do Consumidor, por exemplo, pode nos trazer as seguintes indagações: o que é um consumidor consciente? Como tenho agido enquanto consumidor? Qual a importância do meu papel de consumidor perante o meio ambiente e a saúde do planeta? E o Dia da Água nos leva a questionar: o que me cabe fazer para evitar o desperdício no meu consumo? A postura individualista do tipo "gasto sim o quanto eu quiser, pois estou pagando" garante um consumo eficiente? Podemos ver que, em todo este questionamento, o binômio água/consumidor se faz presente.
Vivemos um tempo em que a força consumista é avassaladora, como uma onda poderosa. São utilizados fortes apelos emocionais e psicológicos para se consumir. Bens, antes duráveis, agora duram pouco, sendo quase descartáveis. A moda, a imposição do capitalismo selvagem, a pressão da propaganda, a dificuldade e, algumas vezes, até a impossibilidade de se realizar a manutenção de produtos, tudo isso promove um consumismo danoso, não saudável, e causador de males emocionais, ambientais, financeiros e sociais.
E a água? Onde ela entra nessa questão do consumo? Além de analisarmos como andam nossos hábitos enquanto consumidores de água, vale a pena refletirmos também que tudo aquilo que consumimos leva água em seu processo produtivo. É a chamada “água virtual”, que significa a medida indireta dos recursos hídricos consumidos por um bem. Há discussões e controvérsias sobre a água virtual, mas fato é que, quanto mais acentuada a escassez de água, mais este conceito é levado em consideração na fase de produção, devendo também ser pesado na hora de consumir.
O consumismo exagerado é agravante para a crise da água. Hoje é de vital importância que haja maior conscientização em relação à necessidade de equilibrar o desenvolvimento econômico com a preservação dos recursos naturais essenciais à nossa vida. É imperioso termos os pés no chão na hora de comprar e pensarmos: temos necessidade real deste produto ou estamos nos deixando levar pela emoção que se traduz em uma falsa necessidade? Este produto, ou sua produção, é agressivo ao meio ambiente? Há outro produto similar cujo processo de produção seja ambientalmente menos agressivo?
Tanto o consumo em geral quanto o consumo da água são processos de caráter coletivo, pois ambos envolvem uma cadeia de fatores. Eu não produzo minha própria água para utilizá-la individualmente na quantidade que eu quiser; da mesma forma, quando eu consumo determinado produto ele é derivado de toda uma cadeia de produção que utiliza capital humano e recursos naturais não produzidos exclusivamente por mim. Por isso, em ambos os casos, não cabe dizer simplesmente "estou pagando, posso gastar o que quiser". São questões de ordem coletiva, que representam uma oportunidade sensacional de abandonarmos nosso individualismo e exercitarmos nosso pensar coletivo.
A crise da água, também agravada pelo consumismo desenfreado, demanda união e modificação de hábitos. É preciso treinar um olhar mais coletivo, olhar para o lado e perceber que o outro também é parte desse círculo, e, principalmente, enxergar que, nesse caso, nossas atitudes são parte de um somatório que poderá resultar positivo ou negativo, conforme sejam nossos hábitos, ou seja, nosso modo de consumir interferirá drasticamente na definição da qualidade do ambiente que se refletirá em nós mesmos, em futuro próximo.
As indagações e reflexões que propus acima devem ser feitas a qualquer tempo para avaliarmos nosso comportamento dentro dessa onda de consumismo que invade nossa sociedade, ao mesmo tempo em que sofremos carência de recursos naturais básicos, como a água. Aproveitemos as datas comemorativas para acentuar a discussão e as campanhas conscientizadoras que nos levem a renovar nossas atitudes à luz do bom senso.

Luciana G. Rugani

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