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Mostrando postagens com o rótulo Contos

REVISTA DIGITAL ALDEIA MAGAZINE / BLOG DO TOTONHO: "DE GECAY A CABO FRIO"

Em julho de 2023, por ocasião do Dia Nacional do Escritor, foi lançada a terceira antologia literária da Academia de Letras e Artes de Cabo Frio - ALACAF, intitulada "Cabo Frio em Verso & Prosa". Podemos dizer que esta seria a "ALACAF celebra Cabo Frio III", se seguirmos a denominação das antologias produzidas pela ALACAF, entretanto esta, talvez por não se tratar de uma antologia somente de poemas, mas também crônicas, não recebeu a mesma denominação.  Eu participo com meu conto "De Gecay a Cabo Frio", cujo texto segue mais abaixo. ------------------------------------------------------- Em 30/4/23, saiu a edição 41, mês de abril, da Revista Digital Aldeia Magazine, com minha coluna "Cantinho das Ideias", na página 104. Nesta edição, apresento um conto que escrevi sobre a cidade de Cabo Frio, apelidada de Gecay, na língua tupi, pelos povos indígenas que ali viviam. Neste conto, busco ligar passado, presente e futuro, ressaltando a importância...

CONTO: O PRESENTE DE ANIVERSÁRIO

O PRESENTE DE ANIVERSÁRIO  Em 1970, na pequena cidade de São Pedro da Aldeia, Região dos Lagos, no estado do Rio de Janeiro, vivia o garoto Nilo, então com oito anos de idade.  Nilo era um garoto ativo, que se deliciava simplesmente por poder usufruir a liberdade dos garotos daquela época, quando podiam correr e brincar livremente pelas ruas da cidade, tomar banho na lagoa (até então de águas límpidas) e colocar em prática suas invenções, ideias criativas e mirabolantes de criança.  Os pais de Nilo possuíam um comércio com as mais variadas utilidades domésticas. Sua mãe, D. Ivone, era encantada principalmente com as porcelanas. Era o setor do qual ela mais cuidava e organizava com primor a exposição das peças. Em sua casa, possuía uma coleção de pratos com pinturas variadas, herança dos tempos de sua avó e que ela guardava como relíquia.  Naquele tempo, vivia também na cidade o Sr. Gabriel, dono da hoje famosa "Casa da Flor", patrimônio cultural do estado. Seu ...

PARA QUANDO EU ME FOR

PARA QUANDO EU ME FOR Por Rafael Zoehler Morrer é uma surpresa. Sempre. Nunca se espera. Nem mesmo o paciente terminal acha que vai morrer hoje ou amanhã. Na semana que vem talvez, mas apenas se a semana que vem continuar sendo na semana que vem. Nunca se está pronto. Nunca é a hora. Nunca vamos ter feito tudo o que queríamos ter feito. O fim da vida sempre vem de surpresa, fazendo as viúvas chorarem e entediando as crianças que ainda não entendem o que é um velório (Graças a Deus). Com meu pai não foi diferente. Na verdade, foi mais inesperado. Meu pai se foi com 27 anos, a idade que leva muitos músicos famosos. Jovem. Moço demais. Meu pai não era músico nem famoso, o câncer parece não ter preferência. Ele se foi quando eu ainda era novo, descobri o que era um velório justamente com ele. Eu tinha 8 anos e meio, o suficiente pra sentir saudade pelo resto da vida. Se ele tivesse morrido antes, não haveriam lembranças. Nem dor. Mas também não haveria um pai na minha hi...

CONTOS MENTIROSOS Nº 08 - POR ROSANA ANDRÉIA

A escritora cabo-friense Rosana Andréia é autora dos "Contos Mentirosos", uma série de contos que já está na sua 9ª edição. São minicontos que aguçam nossa imaginação, como pinceladas que estimulam nosso pensar. Viajando nas poucas palavras que contêm, vamos imaginando o cenário em todos seus detalhes e o conto vai sendo retratado em nossa mente como uma pequena cena de novela.  Há ainda aqueles contos que deixam algo no ar e nós ficamos a criar possíveis finais para suas histórias.  Posso dizer que  são contos instigantes! A apresentação em si, com fundo claro de cores diversas, mas sempre com uma bela rosa vermelha ao lado, já desperta em nós aquela vontade de saber do que se trata: "o que tem a  nos dizer esta bela rosa vermelha?" Talvez por simbolizar o amor apaixonado, a rosa vermelha nos convida a desvendar seus mistérios e segredos através das palavras do conto. As cores claras e sempre variadas de fundo aguçam nossa curiosidade, como se fosse a chamada p...

CONTO: UM AMOR INFINITO

INTRODUÇÃO Normalmente costumo escrever poesias ou postar poesias de amigos sem relatar a origem delas. Hoje será diferente! Hoje me vi como o saudoso Renato Russo, que, para relatar a história de um casal de amigos, fez uma canção criativa e que explodiu de sucesso durante um bom tempo. Assim como Renato Russo compôs "Eduardo e Mônica" para contar a história de seus amigos, eu resolvi escrever um conto romântico. A história de Butch e Ize é na verdade uma história de amor infinito, sacrificado há 34 anos devido às naturais escolhas que todos nós fazemos quando jovens mas que, quando adquirimos mais maturidade, percebemos nosso engano e não podemos mais voltar atrás. O tempo não retrocede. Butch culpa-se pela atitude que tomou há 34 anos e que foi responsável pela dor que até hoje carrega em seu coração. Mas eu disse a ele que ele não deve se culpar, pois ele escolheu e agiu de acordo com a experiência que tinha na época, e assim é a vida: a cada dia podemos aprender mais ...