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PARA HENRY BOREL

Não mais o riso fácil de criança!

Os bonecos a lutar,

Impulsionados por frágeis mãozinhas,

Agora estão inertes

Como inerte está 

O seu corpinho sofrido.

Não mais a alegria

E o gosto da liberdade

Dos dias fora do calabouço,

O seu cárcere de dor.

Quantos gritos mudos

Em abraços silenciosos.

Quantas dores caladas

Gritadas em olhar de pavor.

Quantos pedidos no choro fácil,

No rostinho escondido no ombro

No colo de sua algoz.

Uma criança somente,

E somente só.

Única!

Seu riso só seu,

Seu olhar, sua identidade.

Sua voz, seu abraço

Únicos!

Sua voz agora é silêncio,

A mesma voz 

Que animava brinquedos

A mesma voz 

Que implorava socorro na fala curta.

Pai, me deixa ficar contigo!

A luz aqui

Pra sempre se apaga.

Ficarão a saudade,

E consciências sem paz.

Mas a luz vive além

Resplandece linda entre anjos.

O anjo venceu o leão da arena

E em outras esferas foi sorrir,

Foi brincar,

Foi viver.

Liberto está,

Para sempre,

Das mãos frias de duros golpes,

Dos abraços fortes de ódio

E da tortura,

Que dói e que mata.

Luciana G. Rugani, 8/4/21

Comentários

  1. Estou fragilizada com o ocorrido com Henry Birel.
    Primeiro de tudo, meus sentimentos a Pai do Henry e sua família.
    Ato a mae e o padrasto deverão pagar na CADEIA OU PELAS MAOS DE DEUS.

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  2. Que maravilha!!Água é vida,presença viva de Deus

    ResponderExcluir

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