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A MORTE DE FIDEL CASTRO E UM POUCO DE SUA HISTÓRIA

por Luciana G. Rugani - faleceu nesta sexta-feira o revolucionário cubano Fidel Castro. Durante anos adorado por uns e odiado por outros, Fidel foi o líder da Revolução Cubana que implantou a ditadura socialista no país. Cuba vinha de um regime capitalista de total dependência dos EUA, com muita desigualdade social e pobreza extrema. Fidel e seus combatentes, depois de muita luta contra as forças do governo, inclusive conquistando forte apoio popular, tomaram o poder em 1º de janeiro de 1959, implantando um governo forte e medidas como reforma agrária, expropriação de grandes propriedades, nacionalização de bancos e empresas e reformas nos sistemas de educação e saúde. Não havia espaço para partidos de oposição. Cuba tornava-se então um país socialista, passando a usufruir do apoio da União Soviética, em tempos de guerra fria.
Como em todo regime ditatorial, liberdades individuais são prejudicadas, muitas limitações são impostas aos cidadãos, porém é fato que, na área social, principalmente na Educação e Saúde, encontram-se os principais êxitos da Revolução Cubana. Muitas grandes conquistas foram consolidadas nas áreas de assistência social, educação, saúde, defesa civil e reforma agrária. 
Como arquivo deste blog, segue abaixo um autógrafo obtido por meio de um professor nos tempos de meu curso de espanhol em Belo Horizonte. A lembrança deste revolucionário de uma pequena ilha, mas que, devido à coragem de enfrentar uma potência mundial como é os EUA, mesmo vivendo tão perto dela, tornou-se um nome mundialmente respeitado na história. Segue também matéria do jornal espanhol "El Pais" sobre seu falecimento:
*em tempo, vale ler o artigo "No Brasil, uma relação de amor e ódio com Fidel Castro" para conhecer a aproximação de Fidel com o Brasil, que se fez logo depois da revolução, em 1959, no governo do então presidente Juscelino Kubitschek: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/11/26/internacional/1480166375_311122.html



FIDEL CASTRO


Morre Fidel Castro aos 90 anos

Raúl Castro anuncia pela televisão o falecimento do seu irmão, líder histórico da Revolução Cubana

PABLO DE LLANO
26 NOV 2016 - 12:50 CET



Fidel Castro, em uma imagem de 3 de fevereiro de 2006, em Havana, Cuba. JAVIER GALEANO AP / EL PAÍS
Fidel Castro morreu. Aos 90 anos de idade, o líder histórico da Revolução cubana faleceu na noite desta sexta-feira, 25 de novembro,e em Havana, Cuba. O presidente Raúl Castro, seu irmão, comunicou o fato em uma mensagem transmitida pela televisão. “Com profunda dor, compareço aqui para informar ao nosso povo, aos amigos da nossa América e do mundo que hoje, 25 de novembro de 2016, às 10h29 da noite [1h29 de sábado, pelo horário de Brasília] faleceu o comandante em chefe da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz”, declarou o mandatário, comovido.

Uma das principais figuras do século XX, Fidel Castro morre 60 anos depois de desembarcar em Cuba no navio Granma com um grupo de rebeldes provenientes do México, para fazer a guerrilha que viria a derrotar Fulgencio Batista em 1959.

Após 47 anos ininterruptos à frente do regime socialista que construiu em torno da sua liderança, Castro aban
donou o poder há dez anos, em 2006, por problemas de saúde. Raúl Castro, cinco anos mais novo, assumiu o comando, primeiro provisoriamente, e dois anos depois, em 2008, de forma definitiva, como presidente do Conselho de Estado e do Conselho de Ministros.


(FILES)This 1959 Fidel Castro e Che Guevara, em 1959 em Havana. AFP
Raúl Castro acrescentou em sua mensagem que nas próximas horas serão anunciados detalhes do funeral de Fidel Castro, com quem Raúl esteve pela última vez em 15 de novembro, quando o veterano líder recebeu em sua casa o presidente do Vietnã, Tran Dai Quang. Na semana passada, deveria ter recebido também o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, mas o encontro foi cancelado.

A morte de Castro significará uma enorme sacudida emocional em Cuba, tanto para seus partidários como para seus detratores

Desde que se viu obrigado a abandonar o poder em 2006, a principal atividade pública de Fidel Castro foi a publicação de artigos na imprensa cubana. Sua frequência foi se espaçando gradualmente, mas se manteve presente até os últimos tempos, como quando, em março deste ano, dias depois da histórica visita de Barack Obama à ilha, publicou um texto em que expressava suas reticências com a aproximação entre o presidente dos Estados Unidos e o Governo cubano. “Não nec
essitamos que o império nos dê nada de presente”, foi sua frase mais significativa, sua rejeição final, pouco antes de morrer, ao país com o qual brigou durante décadas, seu inimigo irreconciliável.



A morte de Castro significará uma enorme sacudida emocional em Cuba, tanto para seus partidários como para seus detratores, pelo peso esmagador que sua figura exerceu sobre a vida cubana durante gerações e gerações. Politicamente, é o símbolo do fim de uma era, embora não caiba esperar mudanças substanciais imediatas no sistema cubano. Resta agora, como o último entre os líderes históricos da Revolução, seu irmão Raúl Castro.


Fidel Castro, em sua primeira visita a ONU em 1960, junto a Nikita Kruschev. AP

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