Mateus Simões - Mestre em Direito Empresarial, procurador concursado da ALMG e professor universitário. por Mateus Simões Nunca me enganei sobre Temer ou Aécio, como não me iludo em relação a Lula, Renan ou Pimentel. O que choca nos últimos episódios da Lava Jato é menos a corrupção exposta e mais propriamente a desfaçatez de quem continua operando os grandes “esquemas” mesmo com todas as denúncias e delações já feitas. Ver um presidente, um senador ou um deputado negociando propinas como quem conversa sobre futebol é vergonhoso e deprimente – mas é também educativo, ao reforçar que a limpeza está ainda no começo e toda uma geração de políticos tem de ser expurgada do ambiente público. Um tapa na cara, como gosto de dizer, de quem paga por isso – o cidadão comum, pagador de impostos. Esse choque tem de servir para lembrar que a operação Lava Jato alcança todos os velhos partidos e oligarquias políticas, não por coincidência ou perseguição, mas porque se entregaram ao