Pular para o conteúdo principal

LANÇAMENTO DA 2ª ANTOLOGIA POÉTICA FLORES LITERÁRIAS

Sábado (18) aconteceu, no Charitas, o lançamento da 2a. Antologia Poética Flores Literárias. O evento fez parte do encerramento da Festa Literária Cabo-friense Flores Literárias - FLIC e contou com a participação de poetas autores, com shows de Léo Díoli, Sarah Dhy e performance do coletivo Urbano Buziano.
Eu tenho a felicidade de participar também desta 2ª antologia. Participei da primeira, no ano passado, com a poesia "Sonhos", que vocês podem encontrar aqui no meu blog, e agora participo com "Diálogo com o mar azul", que segue abaixo:


DIÁLOGO COM O MAR AZUL

Defronte o mar azul,
sinto sua cumplicidade.
O vai e vem de suas ondas são respostas,
ao meu indagar íntimo.
Fixo o olhar em suas águas límpidas,
percebo que ele me indaga: o que houve agora?
E a ele mais uma vez relato
os mais recentes pensamentos.
Pergunto a ele: por que tanta dor, tanta saudade...
para que um sentir sem sentido, um amar por amar..
Ahh mar...
que tanto pranto já lavou,
tanto adeus já abrigou,
quantos amores já levou.
Sonhos se foram no tempo
este mesmo tempo
que agora graceja da dor
passa, vai embora
deixa a saudade do que não foi.
E o burburinho do mar azul,
diz com suavidade:
o tempo, a saudade,
são o preço de amar
em um mundo de dores e corações de pedra.
Mas, se assim não fosse, que graça teria a poesia?
Ela, que abriga a saudade,
compreende e acolhe o sentir
com palavras mágicas, transmuta a dor
perpetua os sonhos e ri do tempo,
tempo este que dela não é rei, apenas súdito
que dela não graceja, porém respeita
porque dela é prisioneiro.
O tempo é eterno na poesia, pois se entrelaça ao amor.
Amor e tempo, infinitos na poesia
sem limites, sem poréns, sem dores, nem saudade.

Luciana G. Rugani, 18/08/18

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

4ª EDIÇÃO DO BARALHARTE - DISCUSSÃO DE TEMAIS DA ATUALIDADE

Ontem, sábado, aconteceu a 4ª edição do BARALHARTE!  Trata-se de um encontro de debatedores sobre quatro temas atuais, representados pelos quatro naipes do baralho e por quatro regiões diferentes de nosso país. Cada debatedor leva um tema que será debatido pelos demais e também por convidados presentes. Os debatedores desta edição foram eu, Luciana, representando o estado do Rio de Janeiro, Gilvaldo Quinzeiro, representando o Maranhão e Amaro Poeta, representando Pernambuco. Fernanda Analu, representando Santa Catarina, em razão de um compromisso de última hora, não pôde participar. Mas contamos também com as convidadas Mirtzi Lima Ribeiro e Valéria Kataki e com os convidados Hairon Herbert, Julimar Silva, Ricardo Vianna Hoffmann e Tarciso Martins. Agradeço a Gilvaldo Quinzeiro pelo convite e pela oportunidade de participar de um encontro tão engrandecedor, oportunidade que temos para aprender muito sobre variados assuntos. Cliquem abaixo para assistir: Luciana G. Rugani

POESIA PARA DUAS IRMÃS

Duas irmãs, Dois corações, Duas almas que trilham o mesmo caminho: de amor, fé e união. Impossível tratar aqui só de uma delas, Suas histórias se completam. Nos olhos de uma vejo a alegria que se estampa no sorriso da outra, No abraço de uma sinto o acolhimento que se estende à presença da outra. Duas almas plenas de sensibilidade, Que sabem amar e viver com alegria, Que sabem cultivar a luz nos seus dias, E, ainda que chegue a noite, Será sempre iluminada pelas estrelas. Porque a escuridão nada é, Perante a força que emana dessa união. Luciana G. Rugani

POEMA CIGANO

Navegando pela internet encontrei uma música cigana francesa simplesmente maravilhosa: "Parlez Moi D'elle", cantada por Ricão. Encontrei também um poema cigano encantador! Escolhi ambos para compor essa minha postagem que fica como uma singela homenagem ao povo cigano. Abaixo da foto segue o vídeo com a música e o poema logo abaixo. Assistam ao vídeo e leiam o poema. São maravilhosos! POEMA CIGANO Sou como o vento livre a voar. Sou como folha solta, a dançar no ar. Sou como uma nuvem que corre ligeira. Trago um doce fascínio em meu olhar. Sou como a brisa do mar, que chega bem de mansinho. Sou réstia de sol nascente, sou uma cigana andarilha. O mundo é a minha morada, faço dela minha alegria. A relva é a minha cama macia, meu aconchego ao luar. Acendo a luz das estrelas, salpico de lume o céu. Sou livre, leve e solta, meu caminho é o coração. Sou musica, sou canção, sou um violino à tocar. Sou como fogo na fogueira, sou labaredas inquietas. Sou alegre, sou festeira, trago...