Saiu a edição 49, mês de fevereiro, da Revista Digital Aldeia Magazine, com minha coluna "Cantinho das Ideias", na página 104 (clique no nome da revista para ler a edição completa).
Nesta edição, falo sobre a Laguna de Araruama, uma das grandes belezas naturais de nossa Região dos Lagos, e apresento um poema que compus:
Caros leitores,
é muito saudável que, as vezes, interrompamos nossas atividades cotidianas para observar com tranquilidade e com atenção plena as belezas naturais de nossa região. Muitas vezes, passamos repetidas vezes por uma praia maravilhosa, por exemplo, e não a enxergamos, e muito menos pensamos sobre ela. Pouco a pouco, isso acaba nos desconectando de todo o conjunto e fazendo com que nossa visão empática se reduza, e, com o tempo, nem mais nos damos conta da luta diária, travada pela natureza, contra a ânsia de dominação do ser humano.
E, nesse sentido, lembrei da nossa linda Laguna de Araruama, a maior laguna hipersalina do mundo, com certeza uma das grandes maravilhas desse país. Por muitos anos, veio sendo destruída pelo descarte irresponsável de esgoto a céu aberto, o que a tornava uma água imprópria para uso. Atualmente, alguns pontos já estão bem mais limpos, porém prosseguem algumas carências de infraestrutura, especialmente em alguns pontos localizados.
Abaixo segue o poema que fiz em homenagem à Laguna, tentando expressar um pouco todo o seu esplendor e toda a sua história.
Laguna de Araruama
Araruama tem seu nome
Seis cidades, o seu encanto.
De sal é seu sabor
Do mundo, o primor.
Aos indígenas forneceu
O tempero Gecay.
De sal e barrilha enriqueceu
A muitos desse Brasil.
De Cabo Frio a Iguaba
Pelas águas se viajava.
Quiçá o sal de muitas lágrimas
Mais ainda a temperava.
Ao turista seduziu
Ele, à sua margem construiu.
Por pouco não a destruiu
E com os restos poluiu.
A gestão com ambição
Olvidou a Criação.
Destruiu do pescador
Sua própria alimentação.
Não poucos por ela lutaram
Aos gritos de "Basta!" acordaram.
Já chega de tal desamor
Que só semeia dissabor.
Acorde, desperte!
A luta é constante, senhor!
Deixe de ser predador
E a trate com mais amor!
Luciana G. Rugani
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