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O FIM DO MUNDO?

"O reino dos Céus é semelhante a uma rede que foi lançada ao mar e apanhou peixes de toda espécie: e depois de cheia, os pescadores puxaram-na para a praia; e sentados, puseram os bons em cestos, mas deitaram fora os ruins. Assim será no fim do mundo: sairão os anjos e separarão os maus dentre os justos, e lançá-los-ão na fornalha do sofrimento; ali haverá choros e ranger de dentes."  Mateus 14:47-50


"Neste arrastão que já ocorre no Planeta, nesta separação dos peixes-homens, quem serão os que ficarão? Jesus nas Bem aventuranças nos esclarece, quando diz: Bem aventurados os mansos, porque herdarão a Terra. É necessário adquirir esta virtude, da mansidão. A mansuetude entendendo como aquele estado de alma pacificada, que não paga mal com mal, mansidão como aquele que já se liberou da agressividade, que implantou em si os referenciais de tranquilidade íntima de consciência".

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Cataclismos, mudanças climáticas, alteração do eixo magnético da Terra, desastres coletivos, informações sobre um novo planeta conhecido como Nibiru e profecias de diversos povos sobre eventos dramáticos serão realidade? Será que está próximo o fim do mundo? 

Vamos refletir sobre o tema, com base na parábola da rede, trazida por Jesus e contida no capítulo 14 do Evangelho de Mateus, onde o Mestre nos fala sobre o Reino dos Céus e o fim do mundo. Neste capítulo encontramos uma sequência de parábolas dentre as quais as que Jesus fala da separação do joio do trigo e dos bodes das ovelhas, que têm correlação com a parábola da rede que é o fechamento destas parábolas.

Podemos refletir sobre o Reino dos Céus e o Fim do Mundo sobre dois aspectos: Um do ponto de vista individual, outro do ponto de vista coletivo.

Do ponto de vista individual, O Reino dos Céus é um estado interior, de pacificação dos sentimentos, de bem aventurança emocional, de sintonia com as leis divinas e com o Cristo interior. Jesus nos disse que o Reino dos Céus não vem com aparência exterior e que está dentro de nós.

Do ponto de vista coletivo, quando os habitantes de nosso globo estiverem vivenciando o Reino dos Céus em si, este reino também estará implantado na Terra e nosso planeta também será um Reino dos Céus.

Mas Jesus se utiliza da imagem de uma pescaria, um arrastão, para falar sobre o tema. Na época de Jesus, utilizava-se do arrastão como uma forma de pesca. Depois de lançada a rede os pescadores puxavam-na para a praia e separavam o que interessava. Do ponto de vista individual, a parábola fala dos pescadores, simbolicamente, podemos pensar sobre as pessoas que já estão buscando seu progresso espiritual de forma consciente, lançando suas redes para buscar tudo aquilo que lhe parece de valor. Buscamos "peixes-valores" em palestras, livros, programas de TV, em conversas com pessoas que pensamos que podem agregar algo de positivo em nosso crescimento, etc. Mas nem tudo que reluz é ouro. Por isso a necessidade de em um momento de reflexão, exercitar o discernimento para separar dentre aquelas informações-peixes que nos chegaram, aquelas que realmente nos são importantes e descartar aquelas que tem só aparência de utilidade, mas são ruins.

O fim do mundo no aspecto individual pode ser visto como o fim de um ciclo, de um período, remetendo-nos ao término da reencarnação, onde a separação dos bons ou não é feita por sintonia vibratória, realizada pelos anjos da nossa própria consciência. Se liberados por ela encontramos a felicidade, se não, ser lançado na fornalha do sofrimento nos remete à necessidade de nova encarnação, onde o calor das duras experiências nos amolece o coração e nos impulsiona rumo à Deus e à elevação espiritual.

Do ponto de vista coletivo, encontramos no último capitulo de A Gênese, de Allan Kardec, que os mundos evoluem de duas formas básicas: uma fisicamente, decorrente das mudanças geológicas, que possibilitam o aprimoramento das formas de vida existentes no orbe, outra moralmente, decorrente da evolução moral-espiritual dos habitantes deste orbe.

O benfeitor espiritual Emmanuel, em sua memorável obra A caminho da Luz, nos fala que há alguns milhares de anos, em um dos planetas de uma estrela chamada Cabra ou Capela, na constelação do Cocheiro, estava ocorrendo um arrastão, como nos conta a parábola da rede. Este mundo estava alcançando as culminâncias de um de seus extraordinários ciclos evolutivos, deixando de ser um planeta de provas e expiações para tornar-se um planeta de regeneração. Acontece que alguns milhões de habitantes deste orbe estavam impedindo a consolidação do plano de regeneração em Capela, por estarem em desacordo com os novos parâmetros de evolução deste mundo e foram exilados em mundo primitivo por determinação dos numes diretores para, após duras provas de reabilitação, alcançarem o aval da própria consciência para voltarem a sua doce Capela. Vieram estes espíritos habitar a Terra dentre as raças primitivas para evoluírem moralmente e auxiliar na evolução da humanidade terrestre. Os capelinos trouxeram grandes avanços para a Terra, já que tinham grande desenvolvimento mental em relação aos terrenos.

Mas se em Capela ocorreu este arrastão, na Terra também poderá ocorrer? Sim, é o que nos dizem diversos benfeitores espirituais em suas mensagens, bem como encontramos na própria obra da codificação.

A benfeitora espiritual Joanna de Ângelis, nos diz que "opera-se, na Terra, neste largo período, a grande transição anunciada pelas Escrituras e confirmada pelo Espiritismo.", que o período da transição encontra-se em pleno andamento.

Quando a Doutrina Espírita chegou à humanidade, instaurou-se na Terra uma nova era. O planeta entra na idade da maturidade, deixa a adolescência espiritual, para adentrar em um período de maior compreensão espiritual e consequentemente maior responsabilidade de atitudes.

Em A Gênese, nos capítulos 17 e 18, que tratam do Juízo Final, dos Sinais dos Tempos e da Geração Nova, Kardec discorre sobre o tema e transcreve a comunicação clara da espiritualidade sobre como se dá esta mudança. São períodos estes de clímax da transição, onde geralmente ocorrem transformações físicas e morais concomitantes. Para aqueles que vivem nestes períodos e observam as transformações apenas no momento, parece que as leis da natureza foram derrogadas ou estão fora de controle, mas na verdade em tudo há um encadear de acontecimentos cíclicos que para olhos espirituais e perspicazes estes são momentos que podem ser previstos com antecedência. Tudo é perfeito e está dentro das leis físicas e divinas.

Neste arrastão que já ocorre no Planeta, nesta separação dos peixes-homens, quem serão os que ficarão? Jesus nas Bem aventuranças nos esclarece, quando diz: Bem aventurados os mansos, porque herdarão a Terra. É necessário adquirir esta virtude, da mansidão. A mansuetude entendendo como aquele estado de alma pacificada, que não paga mal com mal, mansidão como aquele que já se liberou da agressividade, que implantou em si os referenciais de tranqüilidade intima de consciência.

A Benfeitora Joanna de Ângelis em sua mensagem nos solicita o esforço de regeneração individual, dizendo que na mente está a chave para esta grande mudança. Mudança para sentimentos elevados, atitudes dignas e palavras corretas.

A espiritualidade superior nos convoca a tomarmos parte ativa neste período de transição, atuando de forma consciente na vivencia e implantação do Reino de Deus em nós e naqueles corações os quais convivemos lembrando das palavras de João no Apocalipse: "Nada temas das coisas que hás de padecer."(2:10). 

Rodrigo Ferretti

(A versão na íntegra e as referências bibliográficas deste texto podem ser acessadas em http://www.feig.org.br/index.php/ddivulgacao/estudos-e-artigos/245-o-fim-do-mundo )

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