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REVISTA DIGITAL ALDEIA MAGAZINE - NATUREZA LITERÁRIA

Saiu hoje a edição 36, mês de outubro, da Revista Digital Aldeia Magazine, com minha coluna "Cantinho das Ideias", na página 114.
Nesta edição, apresento meu poema "A Laguna e o poeta", que faz parte da 1a. antologia digital da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia - ALSPA:


Caros leitores,

A poesia é uma forma de linguagem universal cuja expressão se faz por meio de poema, pintura, música, dança, desenho, etc. Inúmeras são as formas de expressão poética! Assim eu penso, sinto e faço poesia. Até nosso trabalho diário, seja ele até mesmo um trabalho burocrático, podemos fazê-lo poeticamente, deixando impresso, no modo de fazê-lo e de organizá-lo, o nosso sentir.
Pensando assim, às vezes costumo utilizar o poema como expressão poética de chamados de atenção para questões sociais e coletivas. Nesse sentido, compus um poema intitulado “A Laguna e o Poeta”, com o qual participo da 1ª antologia digital da Academia de Letras de São Pedro da Aldeia - ALSPA. Essa antologia foi lançada por ocasião da 2ª Feira Literária de São Pedro da Aldeia, que encerrou na semana passada.
O tema da antologia é “Natureza Literária” e, em meu poema, busco chamar o homem e a mulher da Cultura, o poeta, a poetisa, o(a) artista, enfim, busco chamar o ser que tem aberta sua percepção poética para que ele possa despertar para a necessidade de termos um olhar atento para a questão ambiental, para a natureza que, ao nosso redor, nos pede socorro das mais diversas formas, e, de maneira especial nesse caso, a laguna de Araruama, da nossa querida Região dos Lagos. A nossa laguna é maravilhosa, e ela nos pede para que sejamos sua voz por meio da expressão poética.
Compartilho com vocês o meu poema, e que possamos, em nosso construir poético, lembrar sempre da dar voz a essa natureza linda da região que nunca deve ser esquecida.

A laguna e o poeta

Há um resto de sol no mar
Tal qual em mim, talvez em ti.
A água salina a dourar
E o poeta a observar.

O sol poente o faz ver
Quão multicor é seu viver.
O vento a acariciar
É refrigério a seu malamar.

O sal da terra
Neste lugar é do mar
A areia de sal a salgar
Seu insosso caminhar.

O poeta põe-se a pensar:
Será a laguna salgada
Por lágrimas acumular?
Quantos, em suas bordas choraram.
Quantos, por suas águas partiram.

Sofrendo, porém, de dor egoísta,
O poeta não viu,
Não ouviu e não sentiu,
A laguna a lamentar:

Quero vida transbordar,
A ser límpida, voltar.
Rica fauna armazenar
Aos pescadores, alimentar.

Em seu suave ondear,
A laguna, aflita, a gritar:
Poeta, esquece teu penar
E a mim vem salvar!

Luciana G. Rugani

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