Poeta das Estrelas(*)
Em dia de sol
sai a caminhar o poeta
a observar mais além
a refletir em cada porém
Com seu aparato astronômico,
busca o alto.
Quer namorar as estrelas
ao cair do dia
Vai ao Morro do Vigia
Com olhos rasos d'água
observa as ÁGUAS CLARAS EM TONS DE AZUL
emociona-se, ao ver nelas,
o caminho dourado
do astro-rei que se vai.
Vê uma gaivota de lado a voar
parece querer, com a ponta da asa,
riscar levemente a onda do mar
Encanta-o tal aerodinâmica
e ele brada:
"GAIVOTAS - NÃO FOSSE O VOO,
EU PERDERIA O ENCANTO DAS ASAS".
Tem consigo o amigo telescópio
parceiro de todo o tempo
Pensa estar só
porém, olha pro lado
e vê a mirá-lo uma radiante e bela
flor amarela
feliz, exclama:
"E O CACTO FLORIU!
Chega a noite
Sob o céu apinhado de estrelas
põe-se a observá-las
Encantado
sente transpor o infinito
parece visitá-las, uma a uma
Indaga quais seriam as RAZÕES DO INFINITO
que, tal fato, explicariam.
"Eis-me no espaço a pairar!"
Após minutos
que mais pareceram horas
vê-se novamente no morro
a mesma flor a mirá-lo
ainda mais linda porém
Guarda seu instrumento
decide pra casa voltar
emoção não cabe no peito
"Quando em casa chegar,
esse transcendental acontecido,
em VERSOS CONCISOS,
eu irei relatar".
(*) as palavras em caixa alta são títulos de livros publicados pelo emérito escritor e poeta cabo-friense, astrônomo amador, radialista e artista plástico, Paulo Orlando dos Santos, a quem dedico este poema.
Luciana G. Rugani
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