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ANTOLOGIA "A ALDEIA DE PEDRO"

Ontem (9) aconteceu a abertura da 5a. edição da Feira Literária de São Pedro da Aldeia - FLISPA, na Casa da Cultura Gabriel Joaquim dos Santos, em São Pedro da Aldeia.
A FLISPA é organizada pelo escritor Renato Fulgoni e é aberta à participação de qualquer escritor que queria participar. Acho isso muito legal, pois é inclusiva e democrática como deve ser tudo relacionado à arte, especialmente à arte literária. Infelizmente, uma feira assim ainda é muito rara, principalmente em grandes centros urbanos, com as tantas bienais por aí cobrando fortunas para os escritores participarem. E também feiras que se fecham apenas para artistas locais. E isso não vemos na FLISPA. Arte literária, para ser algo legítimo e engrandecedor, precisa ser aberto ao outro, ao diverso, sem guetos e de custo acessível.
Aconteceu também o lançamento da antologia "A Aldeia de Pedro" , da qual tenho a alegria de participar desde a primeira edição. Gosto de participar de antologias, especialmente pelo caráter coletivo e diversos que as caracterizam.
Seguem fotos do evento e o poema que fiz para esta edição:


quatro estações

quatro estações no ano
primavera, perfume no ar
verão, praias cálidas
outono alterna dias que lembram verão
entre dias que sopram inverno
no inverno, saudades do verão

quatro estações na vida
primavera, alegria de flores crianças
verão, jovem energia a pulsar
outono traz um sereno olhar
e um ameno caminhar
no inverno, lembranças do mero sonhar

quatro estações no dia
primavera, amanhece a esperança
verão, o dia se faz
outono lembra o ocaso
o sol a levar o dia
no inverno, introspecção da noite

quatro estações na aldeia de Pedro
primavera, abraçar a árvore vertida 
                                          [do Balneário 
verão, pôr-do-sol na Casa dos Azulejos 
outono lembra um encontro na praça 
e saboroso café na esquina
no inverno, vento frio da laguna

quatro estações em um ser
primavera, planos alvissareiros
verão, o exercício da prática
outono converte em ilusão os planos
despe o cenário real
no inverno, resta seguir pé no chão

Luciana G. Rugani


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