Saiu hoje a edição n° 66, mês de dezembro, da Revista Digital Aldeia Magazine. A minha coluna dessa edição apresenta a crônica "A Lei da Transformação", na qual falo sobre a reflexão que o simples fato de tomar um comprimido me propiciou:
Às vezes, um gesto usual e rotineiro pode nos levar a uma viagem reflexiva de profundas conclusões.
Hoje, o simples gesto de tomar um comprimido me fez pensar na transformação que permeia tudo o que existe no universo. O comprimido, ao ser engolido com água, começa a se desfazer em meio ao líquido. Chega ao nosso estômago e dissolve-se, por completo, naquele meio de total acidez. Seu princípio medicamentoso, entretanto, segue atuante, ainda que em nível molecular, em dimensão invisível a olho nu. Esse medicamento, então, cumprirá sua função curativa ou restauradora em nosso organismo. Uma matéria, antes palpável e bem definida, não existe mais em nível denso, porém existe em essência e de maneira bem mais sutil.
Assim refletindo, enquanto engolia o comprimido, logo me lembrei da máxima da Lei de Conservação da Matéria, de Antoine - Laurent de Lavoisier: "Na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". E segui o caminho de meus pensamentos refletindo em nossa matéria física, em tantas transformações, reciclagens, reutilizações, e, por fim, em nosso corpo físico. Com o passar dos anos, a matéria densa de nosso corpo físico se transforma a olhos vistos! E quando, por qualquer razão, ela se torna inerte e sem vida, ela se transforma em resíduos quimicamente e fisicamente bem distintos de antes. É a transformação energética da matéria.
Mas, somos mais que isso! Somos seres pensantes, com uma consciência presente, ainda que estejamos, cada um, nos mais diversos níveis conscienciais. E pensamento também é energia, portanto, se a lei da transformação se aplica a tudo que existe no universo, por que não se aplicaria às nossas energias mental, emocional e consciencial? Acredito que sim, e sobre isso existem inúmeras pesquisas e relatos de casos de comprovação, desde estudos e teorias de remotas eras até os mais recentes estudos da física quântica. Temos, na atualidade, muito material sobre o qual podemos nos dedicar e realizar uma viagem de conhecimento, passando pelo reino da alma imortal, de Sócrates, o mundo das ideias, de Platão, o "meu reino não é deste mundo", de Jesus, os reinos de Samsara e o nirvana, de Buda, até as mais recentes pesquisas da física quântica e da espiritualidade, realizadas em universidades. E material também presente nos ensinamentos de tantos "pais" ou "mães", curandeiros ou curandeiras, que, em tempos de carência extrema da medicina oficial, tantas curas proporcionaram aos nossos antepassados.
Essa parte consciencial também se transforma em nível vibracional, e serão tantos níveis vibracionais quantos forem os níveis de consciência. Nada se perde, mas se transforma, e assim também se transformará a nossa própria consciência, a parte que, aqui na Terra, é denominada "alma". Ela seguirá em nível vibracional, como se fora uma estrela luminosa a trilhar o caminho do além e da eternidade.
Por falar em estrela, desejo que cada ser humano possa refletir na estrela do Natal, não apenas em relação à noite de Natal, mas sim no que ela representa em todos os dias da vida. Ela representa o maior ser de luz que já veio na Terra, ela representa a luz infinita de Jesus presente o tempo inteiro a guiar, com toda misericórdia, a caminhada humana tão repleta de quedas. Mas ele segue, ainda assim, sabendo que o ser humano um dia se cansará de tanto cair, de tanto vingar, de tanto ambicionar, de tanto ferir um ao outro. Que nunca deixemos que se perca esse real sentido do Natal.
Um feliz natal para todos os leitores, com muita paz, saúde e união!
Luciana G. Rugani
Pensadora, escritora e poeta


Comentários
Postar um comentário